segunda-feira, 6 de março de 2017
Coreia do Sul é refém do conflito entre EUA e China
A China aumenta a pressão sobre a Coreia do Sul para obter o cancelamento ou apenas a revisão dos planos para instalar o sistema THAAD no sul da península.
A maioria dos métodos de pressão é da área econômica. As empresas coreanas enfrentam problemas na China, o turismo da China para a Coreia do Sul foi reduzido, para as companhias coreanas é cada vez mais difícil negociar contratos lucrativos. Mas a China é capaz de usar também os métodos militares para reagir à ameaça crescente para sua segurança.
O especialista militar russo Vasily Kashin comenta a situação à Sputnik China:
"Instalando no seu território o sistema de defesa antimíssil, que se encontra sob controle dos EUA, a Coreia do Sul se transforma em um refém em qualquer conflito entre Pequim e Washington", disse o especialista.
Kashin considera que o ataque, em qualquer caso, será feito contra a região de implantação do THAAD se houver um conflito militar ente os EUA e a China. Segundo ele, nem a tentativa de declarar a sua neutralidade ajudará a Coreia do Sul.
Este ataque será tão pesado que provavelmente o sistema de defesa antiaérea sul-coreana não o poderá impedir. Assim, a instalação do THAAD vai apenas aumentar a ameaça de mísseis contra a Coreia. Além disso, o sistema THAAD não ajudará a defender Seul, que pode ser atingido por um míssil norte-coreano de curto alcance, disse o especialista militar.
A experiência histórica de pequenos países que se veem no centro de divergências entre superpotências mostra que a única chance para eles é realizar uma política forte e independente baseada exclusivamente nos seus próprios interesses, concluiu Vasily Kashin.
Sputniknews