segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
TCU inocenta Dilma Rousseff de prejuízo com refinaria de Pasadena
Tribunal de Contas da União responsabilizou o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e mais dez diretores e ex-diretores pelo prejuízo causado pela compra da refinaria americana de Pasadena.
O Tribunal de Contas da União inocentou a presidente Dilma Rousseff e responsabilizou o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e mais dez diretores e ex-diretores pelo prejuízo causado pela compra da refinaria americana de Pasadena.
O relatório do ministro José Jorge aponta que a Petrobras teve um prejuízo de US$ 792 milhões com a compra da refinaria.
Em 2006, a Petrobras comprou metade da refinaria, que pertencia à Astra. A compra foi aprovada pelo conselho de administração, presidido pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Segundo ela, o resumo executivo que orientou o conselho era falho.
Depois de uma disputa judicial, a Petrobras teve que comprar os outros 50% de Pasadena.
O gasto total ficou em US$ 1,2 bilhão.
A decisão desta quarta-feira isenta o conselho, inclusive a presidente Dilma, de qualquer responsabilidade. Mas onze ex-dirigentes e dirigentes da empresa foram responsabilizados e vão ter os bens bloqueados.
Entre eles, o ex-presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, o ex-diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa, e Nestor Cerveró, que era diretor da área internacional.
“Foram eles que realmente fizeram o negócio. O conselho, ele teve uma participação de aprovação. Mas essa aprovação, inclusive, foi baseada nas informações fornecidas por eles”, comentou José Jorge, ministro do TCU – relator.
Os ex e atuais dirigentes terão quinze dias para se defender. Com esses depoimentos, o TCU pode mudar o relatório, retirar ou incluir outros nomes.
E o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arquivou a representação de partidos de oposição contra a presidente Dilma e o conselho de administração da Petrobras, pelas supostas irregularidades na compra da refinaria. Segundo ele, não é possível responsabilizar o conselho administrativo.
O advogado de Nestor Cerveró pediu a suspeição do ministro do Tribunal de Contas da União José Jorge, porque o ministro já integrou o conselho da Petrobras. Sérgio Gabrielli e Paulo Roberto Costa não quiseram se manifestar.
Jornal Nacional