sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Aisha Kadafi pede união dos líbios para enfrentar terroristas e OTAN


A filha de Kadafi, Aisha, formada advogada e conhecida como mediadora, oficial militar e ex-embaixadora da boa vontade na ONU, mais uma vez é apontada como uma das líderes da resistência contra grupos terroristas e os mercenários da OTAN na Líbia.

Com alegações de ter se exilado na Algéria, Aisha foi apontada mais de uma vez como líder da resistência líbia, que já apareceu em fotografias em diversas partes do país levantando a bandeira verde da Jamahiria Árabe Popular Socialista da líbia. "O povo árabe líbio resiste sem uma unidade de direção", declarou recentemente Aisha.

Aisha, que era tenente-coronel do exército líbio, conclamou a revolta e o "retorno da Jamahiriya"("poder popular" criado pelo Livro Verde de Muamar Kadafi).

"Meu nome me dá um dever e um direito de estar à frente das batalhas que o povo líbio travar."

Aisha seria um "símbolo da nação", ao lado do retrato de seu pai "um símbolo da missão de restaurar a unidade nacional".

Ela fez profetizou a destruição dos "lunáticos da Al Qaeda e Daesh" e que eles teriam de enfrentar uma nova coalizão, uma nova nação reunificada por um acordo - o que não é improvável já que alguns setores mais moderados e burocráticos que aderiram a tal "revolução" já manifestaram arrependimento frente a desordem atual. Ao mesmo tempo, criticou alguns movimentos líbios que decidiram fazer guerra segundo o princípio de "eu luto por quem paga mais". Acusou estes de usarem a bandeira verde da Jamahiriya e recrutar apoiadores, fortalecendo governos tribais e ficando sob sua sombra.

Clamou para que os soldados das antigas Forças Armadas mantenham o juramento de defesa da Pátria diante dos ataques da OTAN e seus cúmplices: EUA, Inglaterra, França, Itália etc. Ela teria garantido que em alguns meses estabelecerá um agrupamento de lideranças leais ao ideário de Muamar Kadafi, e que ela servirá de mediadora no país e no exterior.

A declaração teria sido feito em vídeo e estaria sendo distribuída por centros importantes do país.

Parte da notoriedade de Aisha Kadafi inclui entre outros acontecimentos, a mediação de corporações europeias com o antigo governo, papel de liderança na diplomacia com o Iraque de Saddam Hussein (de quem Aisha foi advogada de defesa), participação na equipe de defesa legal de Saddam em seu julgamento, presidência na ONG que fez a defesa jurídica do jornalista que jogou o sapato em George W. Bush, e mais recente as duras críticas a órgãos da comunidade internacional, aos Estados Unidos e diretamente a Hilary Clinton e Barack Obama, pedindo aos órgãos internacionais que de fato servissem de mediadores e observadores na Líbia, excluindo os norte-americanos. Ela também tentou processar a OTAN pelos bombardeios, um deles que matou seu marido e uma filha pequena. Seu papel como embaixadora da ONU estava relacionado com o combate ao HIV, pobreza e direitos da mulher.

A posição de Aisha neste momento é importante porque os governos dos EUA e Inglaterra preparam novos ataques militares à Líbia, com a desculpa de atacar os terroristas da Al Qaeda e Daesh (Estado Islâmico) que eles mesmos criaram e financiam. Na verdade, mais uma vez EUA e Inglaterra inventam desculpas para atacar a Líbia para continuar roubando petróleo e gás natural do país.